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Leishmaniose, O que é?

Leishmaniose, O que é?

Por Dra Catarina Pelayo, médica veterinária do Hospital Veterinário Ani Mar

É uma zoonose potencialmente fatal tanto para cães como humanos provocada por um parasita protozoário. Pode também infetar gatos, ainda que o vejamos com menor frequência. Em Portugal a espécie existente é a Leishmania infantum  e é transmitida por um flebótomo, um inseto semelhante a um mosquito.

Como se transmite?

Apesar de a picada do flebótomo a ser a principal forma de contaminação, não é a única! Transmissão por contacto sexual, da mãe para os filhos e até por transfusão sanguínea estão também descritas.

Quais as regiões mais afetadas em Portugal?

Praticamente todo o território de Portugal continental é endémico para a Leishmaniose canina. Sabe-se que as regiões mais afetadas são a área metropolitana de Lisboa e Setúbal, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Interior, grande parte do Alto e Baixo Alentejo e o Algarve.

No entanto, deve ter-se em consideração que as alterações climáticas que vivemos atualmente tem levado a um aumento consideravel de incidencia até mesmo em regiões anteriormente consideradas como tendo risco reduzido.

Quando é que o flebótomo está mais ativo?

O pico de atividade é ao anoitecer e com temperaturas mínimas entre 18 e 22 ºC, sendo a principal época de infeção entre Março e Setembro.

Quais os sinais clínicos num animal infetado?

É importante ter em considração que infeção não é sinonimo de doença. Nem todos os cães infetados desenvolvem a doença. Sabe-se que o período de incubação pode ser bastante longo e que a doença clínica apenas surge em animais mais susceptíveis. Outros permanecem como portadores do parasita durante vários anos mas apenas ficarão doentes com a idade ou com situações que afetem o seu sistema imunitário.

No geral, são animais que se apresentam com letargia, perda de peso, linfadenopatia generalizada, palidez das mucosas, esplenomealia, polidipsia/poliúrina em cães já com doença renal associada. Doença renal crónica e progressiva é muito frequente. Há ainda cães que se apresentam com sintomas dermatológicos  como perda de pelo, descamação, úlceras, crescimento anormal das unhas e/ou oculares. Outros sintomas possíveis são claudicação, hemorragia nasal, sintomas neurológicos.

Como diagnosticar?

Ainda que com sinais clínicos compatíveis, são necessários testes adicionais e análises laboratoriais para confirmar a suspeita clínica de leishmaniose. Em animais não vacinados os testes serológicos (aqueles que procuram os anticorpos) são os mais recomendados e, por norma, a primeira abordagem.

Como tratar?

Antes demais, um estadiamento clínico da doença deve ser estabelecido para que possamos transmitir ao tutor um correto prognóstico. Este estadiamento deve ter em consideração, os sinais clínicos, a serologia e achados laboratoriais (principalmente a nível renal). Existem diversos protocolos de tratamento disponíveis que devemos adaptar ao animal em questão. É importante que os tutores tenham conhecimento que tratamento da leishmaniose canina é longo, complicado, com possíveis recaídas e, nem sempre, um sucesso. Para além disso o tratamento vai apenas controlar os sinais clínicos, não curando o animal por completo. São ainda animais que precisarão de monotorizações regulares durante toda a vida.

Como prevenir?

Sendo a leishmaniose uma doença crónica e possivelmente mortal, a chave passa pela prevenção! Mesmo não vivendo numa região do país de mais alto risco, é importante ter em consideração que se o animal viajar para zonas mais um risco mais elevado deve fazer prevenção prévia. De seguida são listadas algumas medidas que ajudam a prevenir a infeção:

• Usar inseticidas tópicos com ação repelente dos flebótomos. Neste caso estão incluidas as conhecidas pipetas assim como as coleiras. Em ambos os casos a ação repelente inicia-se ao fim de uma semana, sendo que o que as pipetas devem ser colocadas mensamente e a coleira tem um período de açao de 12 meses.

Domperidona que reduz o risco de desenvolvimento de uma infecção activa e doença clínica no caso de contacto com o parasita, através do aumento da resposta imunitária. Em áreas com alta prevalência ou em climas com estação infectante longa, deve-se administrar um tratamento a cada 4 meses (Junho, Outubro e Fevereiro) e em zonas de baixa prevalência apenas no inicio da estação infestante e outro no final.

Vacinar os cães contra a leishmaniose canina aumentado a sua resistência à infeção. É importante ter em consideração que a vacina não impede a infecção mas sim a susceptibilidade do animal à mesma, reduzindo o risco do desenvolvimento de infeção ativa e doença clínica após o contacto com o parasita.

• Manter o cão dentro de casa desde o anoitecer até ao amanhecer durante a época de risco elevado.

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